terça-feira, 30 de agosto de 2022

Adocicado

 



Acordamos depois do meio dia. É final de semana.

 Se eu não o acordo, passa das 14hrs. Vamos fazer um café? Ele aprendeu a fazer na Cafeteira Italiana. Moemos o café na hora e sai aquele cheirinho delicioso. 

O que comeremos? Ele prefere cereal ou pão suíço. Eu, prefiro biscoito de arroz, com cream cheese ou torrada Petrópolis.

Assistimos alguma futilidade no Youtube. Conversamos. 

Começo uma partida de xadrez online e ele, um dos jogos multi players da atualidade ( como LOL ).

Pediremos almoço ou prepararemos algo na cozinha ? Tanto faz. Comemos juntos.

Dá aquela preguiça depois do almoço e só não dormimos, porque acordamos muito tarde.

Assistimos algo no streaming. 

Hora de dar uma arrumada na casa. Eu tiro o pó, com aspirador e pano. Ele, lava a louça.

Os dias passam bem devagar e de forma branda, quando ele está por aqui.

Estamos sempre perto. Deito por perto e peço um afago. Me chama de carente, pra me provocar.

Dificilmente saímos. Pergunto se quer sair. Diz que não. Prefiro ficar em casa também. A pandemia, dentre muitos males, trouxe algumas compensações, como tornarmos a nossa casa mais confortável.

Quase sempre reparo em como me sinto nessa relação. Levemente adocicado. Sem ter medo de parecer vulnerável. Sem precisar me afirmar sempre. Sem queda de braço desnecessária. Sem discussões inúteis.

Talvez seja o máximo de tempo que consegui me sentir seguro, comigo mesmo. Sem achar que estava " dormindo com o inimigo ". Tive experiências longas de estar com pessoas que não me enxergavam ou que estavam comigo por motivos secundários. Ser eu mesmo, me traz um alívio e uma leveza imensa.

Estar com alguém 15 anos mais jovem tem vários pontos interessantes.  Mas o engraçado é que temos o mesmo ritmo nos principais aspectos da vida. No mais, não fujo da responsabilidade que é " ser o mais experiente ".

E lá se vão 4 anos. Ano que vem, ao que tudo indica, se tornará meu relacionamento mais longo.




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