segunda-feira, 15 de maio de 2023 0 comentários

Atualizando: 10 tópicos

 

  1. Estou num relacionamento feliz e saudável. Alguns problemas pontuais aparecem e são resolvidos, como é a vida. Faremos 5 anos juntos em agosto, batendo o recorde pessoal do meu primeiro relacionamento. Fizemos a união estável em março de 2022 e temos uma rotina boa juntos. Ele está com 22 anos e no 4° período de Ciências Contábeis. Ainda mora com os pais, mas bem perto daqui. Porém, passa boa parte dos dias aqui, comigo. Acho que morar junto, por enquanto, seria um desgaste desnecessário. Gosto de alguns dias sozinho, pra espairecer;
  2. Já se passaram praticamente um ano e meio da partida da minha mãe. Eu já estava tomando um antidepressivo leve, por conta de um Burnout que tive, seguido de Covid. A perda da minha mãe, acelerou um quadro de tristeza imenso. Recorri a uma medicação mais forte, receitada pela minha médica. Fiquei com essa medicação por um ano e agora comecei a troca. Foi como ficar um ano anestesiado, sem socializar. Vontade de não fazer exatamente nada. Sono, apatia e até falhas na memória. Mas meu stress zerou e pude me afastar de pessoas tóxicas, como meu pai;
  3. Devo fazer um ano sem falar com meu pai, em julho. Longa história. Ele nunca teve uma conexão real comigo, mesmo eu sendo ( aparentemente, pra mim) filho único. Consegue gabaritar os sintomas de pessoas narcisistas e fascistas. Um aturava o outro pra agradar minha mãe, apenas. Sem ela, não fazia mais sentido esse teatro. Falei várias verdades pra ele. Fez voto de silêncio. Não tem retórica o suficiente pra ter um diálogo decente. Bloqueei em tudo. A gota d'água foi saber que ele estava recebendo pensão pela morte da minha mãe. Sendo que eu também teria direito. Não é pelo dinheiro, mas pela falta de consideração. Que fique com o seu dinheiro. Longe de mim;
  4. Concluí, há alguns meses, minha primeira pós graduação. Me formei em Finanças Corporativas na PUC RS Online. Estudei lá por dois anos. Fiz TCC e deu tudo certo. Espero ter um pouco de valorização no futuro no quesito empregabilidade. Tendo formação em administração e essa pós, sigo fazendo mais duas graduações: Ciências Contábeis ( 6° período) e Ciências Sociais ( 4° período). Não faço contábeis por vocação ( acredito não ter nenhuma). Porém, caí de paraquedas na área, estou empregado e a empresa ofereceu uma bolsa de 70% nesta graduação. Resolvi topar, por ser online. O curso de Ciências Sociais faz parte de uma satisfação pessoal em ser um conhecedor das ciências humanas. Pretendo no futuro, formar uma trinca com história e filosofia;
  5. Me tornei um tsundoku inveterado. O tipo de pessoa que se interessa por centenas de assuntos e sai comprando livros, só pelo prazer de tê-los por perto. Não me pressiono em nenhum momento e não crio prazos para terminar certas leituras. Já passei de 1050 livros físicos em casa. Estou com 5 estantes lotadas. Quem usar o Skoob, deixa link pra eu add;
  6. Engordei bastante. Sempre me considerei acima do peso. Mas desta vez, as coisas saíram de controle. Escapismos: prazer em comer, preguiça, sedentarismo, facilidade em delivery, distanciamento social, relacionamento estável, agravamento da limitação física, influência do antidepressivo... Tudo isso virou bola de neve. Estou cortando alguns alimentos e substituindo. Tomara que dê resultado;
  7. Me mudei pra melhor casa da minha vida, até hoje. Fiz um ano nesta casa, em abril de 2023. O espaço é bem legal, tem uma varanda, localização estratégica ( perto do metrô) e o que é melhor: Silêncio! Não ouço nenhum barulho. Os vizinhos são super educados. Antes daqui, comi o pão que o diabo amassou numa vila. Isso aqui, perto de lá, é um paraíso. Outro ponto a favor é a privacidade: casa de fundos e independente. Ou seja: não preciso dividir corredor, esbarrar com quem não quero ou ter alguém prestando atenção na minha vida. Fantástico;
  8. Estou na mesma empresa há quase 8 anos. É uma empresa gigante, de geração de energia. A sede saiu do centro do Rio, pra ir pra Barra da Tijuca. Confesso que foi um grande baque e uma mudança de rotina. Hoje, consegui negociar uma flexibilização, por conta das minhas dificuldades físicas. E só compareço presencialmente uma vez por semana. O restante, trabalho em home office;
  9. Estou fazendo terapia desde 2018. Mudei de profissional várias vezes. A atual tem me ajudado bastante. Pretendo manter esse cuidado, nas questões sobre luto e pra melhorar questões não resolvidas, como assuntos pendentes do passado;
  10. Comprei um Xbox Series S, há uns meses. Tenho me divertido bastante. Alguns jogos eu consigo jogar com meu namorado, mesmo estando em casas separadas, de forma online. Isso é bom demais. Comprei alguns jogos que me interessaram, conforme foram entrando em promoção: Marvel vs Capcom, Mortal Kombat 11, The King of Fighters XV ( Luta ), Fifa 23, Resident Evil, Forza Horizon 4 e 5 ( corrida), Ryse ( Império Romano ), Batman Arkham's Knight, além do Rocket League, meu primeiro vício no Xbox, que é gratuito ( carros jogando futebol hahaha );

Por enquanto, é isso!

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Miséria afetiva

 


Tava dando uma olhada no blog do Três Egos e me identifiquei com a saudade que ele sentia de 2009, no auge dos blogs.

 Peguei o link do meu primeiro blog e comecei a ler algumas postagens e os comentários. Eu com 23 anos, na época, na minha recém descoberta orientação sexual. Era como se fosse um recém nascido. 

Analisei algumas coisas que me envergonham hoje. Acho que é por isso que deixei tudo lá. Pra que eu pudesse olhar pra trás e fazer esse " antes e depois". Era uma época com uma aparente " fartura de afetos". Não sei se me fiz entender. Mas era muito mais simples fazer amizades. Trocar confidências. Se mostrar, sabe? Parece que hoje, vivemos tempos cinzentos. De aparências, de obrigações... E de ostentar números em redes sociais. 

Marcar um encontro era algo tão simples. Mesmo com amigos. Era escolher um lugar, as pessoas e era quase a certeza de sucesso. Todos queriam estar próximos. Ninguém perdia a chance de estar ao vivo, em grupo, com pessoas queridas. A impressão era de que sobrava tempo livre. 

Me tornei um entusiasta neste assunto e descobri recentemente o estudo do Hartmut Rosa, sobre essa sensação de aceleração, no mundo neoliberal. Tô com dois livros dele pra devorar. 

Tenho tantas atualizações que não escrevi, que vou fazer uma postagem só pra atualizar algumas situações...





quinta-feira, 11 de maio de 2023 0 comentários

Angel from the nightmare

 

 

Trabalhando hoje no presencial e lembrando de algumas coisas.

Pensamento longe! Talvez nem tão longe. Não tenho como saber se é verdade que o prodígio está mesmo fora do Rio de Janeiro. 

Só acredito, vendo. 

Engraçado que essa foto desse anjo lembra ele dormindo. No primeiro dia, acabei fotografando seu sono, após termos nosso primeiro contato. Dormiu tranquilo, como se estivesse se sentindo seguro. Com alguém que o admirava.

A boca sempre em formato de bico, meio que de uma forma ranzinza. Não traduz muito o interior, mas é uma característica peculiar. 

Ouvindo The Smiths e querendo saber como seria ter a opinião dele, em tempo real, em cada música, cada livro, cada filme, cada lugar visitado. Aquela energia revigorante de querer algo novo. De saber identificar o sublime. Lembro quando me indicou o filme Call me by your name, com um brilho nos olhos, jurando ser uma obra prima . E realmente era. 

Aliás, hoje me identifico muito com a fala do pao do Elio. Sobre termos um tempo, escasso. E que passado esse tempo, nosso corpo vai deixando de ser e se sentir desejado. Chegou bem rápido, mas já me aproximo desse cume da montanha.

Aquela energia jovial, que ele disse que eu tinha, confessando a uma das minhas personalidades, parece que anda bem esgotada. 

Ouvir sua voz, te ver aprendendo novas coisas, conhecendo novos lugares, me dá um alívio, mesmo que venha com um aperto no peito. Eu não estou perto pra ver você crescer.

Uma voz dentro de mim insiste que eu deveria estar presente. 

Não tenho condições...

terça-feira, 9 de maio de 2023 0 comentários

Punhalada


 Ser apunhalado por alguém que você espera, te possibilita desviar, de uma forma a evitar um golpe fatal 

Porém, ser golpeado por alguém que você abraça, ama, cuida e tenta confiar, é um golpe covarde. Impossível de desviar.

Mentir olhando nos olhos. É preciso ser extremamente frio pra conseguir. Olharam nos meus olhos e me pediram pra relaxar. Foi a última vez que ele olhou nos meus olhos, antes do golpe.

Justificou ter problemas com a auto estima. Nunca tive essa limitação e passei a ter a partir dali. Como explicar?

Sangrando, procurei respostas. Todo tipo de pista que justificasse as ações. Nada se encaixava. Será minha intuição que deu sinais de não funcionar como antes?

Mas eu vi. Sei o que vi. Assim que chegou, beirando a linha do trem, com olhar perdido, eu vi. E só havia uma frase ressoando na minha alma: 

- Ele é meu e nunca mais vamos nos separar...

Eu vi o que eu queria ver? Talvez!

Eu vi por outro ângulo? Não sei afirmar.

Só sei que eu vi.

E minha vida nunca mais foi a mesma...

Ouvi que estava mentindo. Que não era amor. Como era possível ser? Como pode me amar se eu mesmo não me amo? Eu tanto amei, como amo. 

A pessoa que tinha certeza do que viu, continua com a mesma certeza, cinco anos depois. E eu estava mentindo? Seria mais confortável e hoje eu estaria bem. 

Não. Não estou bem. E parece que não há remédio pra isso. 

Fui impedido de ter respostas verdadeiras por todo esse tempo. Fui silenciado, por quem não queria lidar com a verdade. 

A verdade não era boa pra mim, também. Confesso. 

Assisti, de forma voluntária e masoquista, o ser amado, que dizia não procurar sexo e ao mesmo tempo não estar pronto para as responsabilidades de um relacionamento, flertar com 1, 10, 20, 30 caras. Muitos deles eram eu. Na tentativa de me aproximar de alguma forma, ainda que doentia. De mostrar que mesmo sangrando, ainda estava vivo.

Assisti cada música que ele ouviu e me dando sinais de que a vida continuava, mesmo com meu sangue se esvaindo. Sobrevivi ao fato de ele preferir transar com um técnico de internet, tendo a possibilidade de me procurar a 500 metros. É sobre auto estima?

Cheguei ao ponto de não acreditar mais em qualquer resposta. Mesmo as que me favorecessem. Virou um looping conspiratório sem fim.

Com o tempo, o único laço que me permitia ter acesso a seus batimentos cardíacos era a música. Em um dia comum, a música parou. Mas o que houve?

Se passaram dias, semanas. Com o pouco de sangue que ainda tinha, rastejei e fui tentar ajuda. Gritei.

- Onde ele está? Está vivo?

Como era de se esperar, não obtive resposta. 

Estava eu, preocupado com a pessoa que apunhalou. Que me tirou de uma rotina de vitórias, onde eu me sentia praticamente invencível. Que me fez voltar a humanidade, na sua forma mais frágil e vulnerável. Não me reconheço nesse corpo, tingido de sangue. 

Por um momento, tive um pouco de paz. Não sei se a morte havia chegado a mim ou se a tranquilidade era pensar na possibilidade da pessoa não mais existir.

Mas que insanidade é essa? Não é ético você sentir alívio. Isso não é amor. 

O inconsciente me dizia que se ele já não existia mais, não haveria mais necessidade de me levantar e afrontá-lo. De dar-lhe uma lição. 

Ele não existindo mais, não será mais meu. Nunca mais. Mas também não será de ninguém. Será esse meu conforto tão ou mais desumano do que a punhalada? 

O sol nasceu novamente. Continuo deitado. Resta pouco sangue no meu corpo. 

Tive a certeza de que ele ainda vive. Senti sua energia. 

Parece que não há mais nada a ser feito. O resto do pó da ampulheta está chegando ao fim.

O que pode ser dito? O que pode ser feito?

Não temos como consertar o passado.

Devo torcer por ele?

Difícil me imaginar num altruísmo tão avançado.

A única certeza que tenho é a de que se eu tombar definitivamente, talvez eu não seja o herói dessa história.

Me tornei o vilão na minha própria história.


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Rendição ou loucura

 

Por que você existe?

Beleza destruidora. Uma energia que atrai e nos leva a uma rendição completa dos sentidos, como as sereias. 

Quem em sã consciência não sabe que não se deve deixar levar pelo canto das sereias? Que é uma ilusão. 

Mesmo assim, você quer observar. Você quer pagar pra ver. 

Sim, você quer extrapolar os limites da insanidade. Está olhando pra elas e se deixando olhar. Está sendo levado por seus efeitos visuais e sonoros.

Talvez você possa sentir o cheiro, apenas fechando os olhos. 

Eu já estive com ela. Em meus braços!

É uma alucinação? Às vezes a realidade e o mundo dos sonhos se entrelaçam. 

Com certeza essa sereia não canta só pra mim. É insano tentar imaginar em uma realidade em que eu seja o único.

Eu poderia ser o único...

Eu deveria ser... Talvez...

Porém, nesse passo arriscado, rumo ao suicídio da pouca auto estima que ainda restou, parece que consegui ver um traço nela.

Me pareceu triste. Por não desejar ser assim. 

Dá a entender que cansou de iludir.

A vida real também pode ser fantástica. E pode ser bela! 

Não me resta mais tempo pra remar até ela. 

Talvez não seja tão difícil pra ela nadar até mim. Não fugirei. Não temo, o que pra muitos seria um extremo perigo.

Permanecerei lúcido, com os olhos de quem consegue ver nela tudo o que ninguém viu.

E só eu saberei disso. Até o fim dos tempos. 



 
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