Somente com a ruminação, é que nos apropriamos das experiências que tivemos, da mesma forma que a comida não nos nutre pelo comer, mas pela digestão. Se vivermos continuamente, sem pensar no que passamos, a experiência não se enraíza e a maioria se perde. Segundo Schopenhauer, este é um dos passos para alimentar nosso espírito.
A vida vai dando sinais de que sempre seguirá indo em frente. Na última semana, completei 40 anos e estes números são bom divisores de águas: Oportunidade de refletir sobre o que ainda faz sentido e o que não faz mais.
Uma série que marcou minha juventude e que ainda revejo, junto a meu companheiro, de vez em quando, é The Vampire Diaries. Muitos me perguntam, por que eu, que gosto de tramas mais rebuscadas, me encanto por algo aparentemente fútil e raso. A série é bem adolescente, mas fala muito sobre morte, luto, perdas no geral... mas principalmente sobre amizade, relacionamentos e o valor da palavra dita. Essa foto é de um episódio ( 4x02 ), em que os personagens resolvem parar, pra se despedir das pessoas que já se foram. Sim, é uma sequência de eventos tão traumáticos e acachapantes, que eles não tiveram tempo pra assimilar o luto. Um fato marcante e relevante, foi que ao pesquisar por essa foto, descobri que a autora da obra, que virou série, faleceu neste março de 2025. Muito simbólico.
Pensei em me despedir, nesta postagem, de várias pessoas, que se foram. Estando vivas, ou não. A principal delas, obviamente, é minha mãe. Ela partiu em dezembro de 2021 e desde então, tenho lidado com esse vazio, dia após dia. Acho que não tenho como deixá-la ir. Faz parte de mim. Nos últimos meses, realizei parte dos últimos cuidados com o corpo dela: Optei pela cremação dos restos mortais e devolveremos ela ao mar, à natureza marítima dela, de uma família de pescadores. As cinzas dela estão guardadas aqui, até marcarmos um dia pro ritual, em que ela voltará a natureza. Um agradecimento por toda a vida e o cuidado que ela sempre teve com todos. Meu companheiro acompanhou toda a exumação e fiquei apenas observando de longe. Não havia psicológico pra ver de perto, os ossos e tudo mais. Fiz o que pude, pra não deixar que descartassem o corpo dela, como lixo. O corpo dela gerou a minha vida e precisava ter esse zelo. Pra mim, é o mínimo.
Nos últimos anos, também me despedi de amizades, que eu achava que seriam pra sempre, por já terem mais de uma década. Porém, os desentendimentos da vida online, as mudanças de perspectivas e os traumas de cada um, geram muitos desencontros. Me afastei e deixei ir. Sempre acho que se em alguma situação, o problema da pessoa sou eu e a vida dela melhorará estando longe de mim, ficarei feliz em solucionar essa questão, indo embora. E não volto mais.
Isso vale também pra antigos amores e afetos. Mantive contato com muitos, como forma de manter minha memória viva e vê-los avançando na vida. Porém, vivemos em uma sociedade extremamente utilitarista. Muitos vêem o "manter contato " como algo que precisa ter algum objetivo. Não vale mais nada apenas ter carinho e se preocupar com a pessoa. Não. Isso sem contar com a enorme dificuldade das pessoas em lidar com seu próprio passado, suas escolhas e suas não escolhas, que fizeram este presente. Deixei ir.
E acreditem ou não, também há perdas, pra mim, que são simbólicas, por serem artistas ou personagens, que fazem parte da construção da minha identidade. Alguns se foram, e a ficha não caiu. Talvez por eu gostar tanto, ou porque a obra se torna quase que imortalizada, seja por forma de música, filmes, livros, seja pelo impacto que eles tem na minha memória. Deixarei alguns exemplos e me despeço por hoje.
George Michael
Michael Jackson
Dolores O'Riordan ( The Cranberries )
Maurice e Robin Gibb ( Bee Gees )
Johann Johanson ( Trilha sonora filme Teoria de tudo )
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