Nos últimos anos, pré e pós governo fascistóide, pude refletir sobre a importância da narrativa nas nossas histórias. Certas coisas, às vezes parecem ser ditas, como que num piloto automático, quando na verdade, fazem parte de um projeto político, que molda nosso imaginário.
Resolvi levar dois exemplos de narrativas, pra terapia.
A primeira delas, minha amiga AC, que tentei me relacionar amorosamente, por volta de 2002. Eu não fazia idéia da possibilidade de ser bissexual. Não havia repertório, tampouco representatividade. Minhas descobertas acabavam sendo no " tentativa e erro ". Eu gostava da minha amiga e achava que a atração não era importante. Ledo engano. Tanto que uns dois anos depois, rolou de ficarmos e só ficou comprovado de que a atração era necessária e não existia ali. Mas isso não me dava o " diagnóstico " de não gostar de garotas, só porque eu não consegui ir além de beijos com minha amiga. Era apenas uma incompatibilidade. E nesses anos ( entre 2002 e 2007 ), essa minha amiga lidou comigo como alguém que a desejava mas que ela optava em não se relacionar. Que era a escolha dela não dar um passo a frente.
Em 2005, Angelina aparece na minha vida. Depois de muitos desencontros, começamos a namorar em 2007. Foi quando tive minha primeira vez. Porém, ela fugiu da relação, com medo de eu ser imaturo. Eu tinha praticamente 20 anose tive que ouvir que " eu não sabia o que queria da vida ". Mas eu trabalhava e tava num curso técnico. Nunca entendi o que ela quis dizer.
E

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